Entenda a diferença entre construção convencional e alvenaria estrutural

Construção convencional vs. alvenaria estrutural: qual método é mais barato? Que materiais utilizar? Quais as vantagens de cada um? Para responder a essas dúvidas, Encontre Imóveis Anápolis  preparou um artigo sobre a diferença entre os dois tipos de construção.

Construção convencional

A principal característica da construção convencional é sua função primária de vedação (ou fechamento), separando ambientes e fachadas. O emprego de vigas e pilares moldados por formas de madeira também é grande, sendo este o método construtivo mais utilizado pelos brasileiros.

Para estruturar um projeto desse tipo, é preciso contar com materiais como o concreto armado, que ficou popular durante o período modernista da arquitetura nacional.

Juntas, estrutura e vedação dão diversas possibilidades estéticas a um projeto e deixam as reformas mais flexíveis, embora possam conter vícios construtivos de fora de prumo, nível e esquadro, além de ficarem mais suscetíveis a “gambiarras” e improvisos.

A maioria das construções convencionais também gera bastante entulho devido à quebra de blocos do sistema: as paredes são normalmente erguidas e depois rasgadas para receberem a tubulação – inclusive, esta é sua principal desvantagem econômica e ambiental, calculada em cerca de 20 a 30% de prejuízo em mão de obra e materiais.

Alvenaria estrutural

Por outro lado, a alvenaria estrutural, também chamada de alvenaria/parede portante, exige planejamento e profissionais qualificados. Isso acontece porque esse método de construção tem função estrutural em um projeto, e é indispensável para a sua estabilidade.

Funciona como 2 em 1, juntando as funções de estrutura e vedação em um só sistema racionalizado, que utiliza medidas padrões de elementos construtivos, como blocos concretos e cerâmicos, acrescidos de elementos compensadores para uma melhor modulação.

Tudo é previamente organizado para que as peças se encaixem de forma alternada, instalando de forma simultânea todos os sistemas elétricos e hidrossanitários.

Quando devidamente planejada, a alvenaria estrutural deve ser capaz de suportar todas as cargas; a de seu próprio peso, lajes, coberturas. Além disso, é resistente a intempéries externas, como chuvas e ventos.

O método diminui os custos, otimiza o tempo e é frequentemente encontrado em pequenos sobrados. Considerado um dos métodos construtivos mais antigos do mundo, a alvenaria estrutural  vem evoluindo e é capaz de sustentar projetos residenciais de 3 a 20 pavimentos, ambientes comerciais e prédios públicos.

As limitações se aplicam a prédios com muitas fachadas em vidro, portas e janelas muito amplas ou divisórias internas móveis, já que o fator de carregar estrutura + vedação torna a alvenaria estrutural difícil de ser modificada, restringindo a liberdade de reformas e alterações no projeto.

Qualquer mudança deve ser prevista ainda na fase de projeto e bem coordenada na execução, principalmente as amarras com vergas e contravergas, que podem ser feitas com aço e concreto e podem causar rachaduras se não forem feitas nos pontos corretos.

O Encontre Imóveis Anápolis reproduziu abaixo parte do Manual Técnico que contém uma tabela comparativa entre os dois métodos construtivos.

A tabela tende a priorizar a alvenaria estrutural, mas é um bom comparativo para levar em conta na hora da escolha, junto com os fatores de reforma e amplitude de portas e janelas, mais apropriadas em construções convencionais.

CONSTRUÇÃO CONVENCIONAL ALVENARIA ESTRUTURAL
 

Separação entre estrutura e vedação:
– Estrutura: vigas,pilares e lajes em concreto armado com ferragem;
– Vedação: tijolos comuns, blocos cerâmicos vazados.

 Maior rendimento da mão de obra para execução de    alvenaria. O profissional executa uma maior área  quadrada por dia.
 

Retirada de formas e escoramentos após o mínimo de 21 dias.

 

A maioria das formas é feita dentro das próprias  canaletas dos blocos, eliminando formas de madeira e  diminuindo a quantidade de aço utilizada.

 

Para a execução da alvenaria, leva uma quantidade maior de massa de
assentamento.

 Para execução de alvenaria, leva menos massa de  assentamento, pois a medida do bloco é maior.
 

São necessárias formas de madeira para pilares e vigas.

 

A obra como um todo é modulada de acordo com o  tamanho do bloco, o que diminui o risco de erro de  medidas.

 

As tubulações elétricas e hidráulicas são instaladas após a alvenaria ser executada, o que leva à necessidade de se cortar as paredes para embutir
a tubulação, o que gera desperdício de materiais, mão de obra e maior quantidade de entulho.

 As tubulações elétricas e hidráulicas são instaladas  enquanto se levanta a alvenaria, o que gera economia  e evita o desperdício de mão de obra e materiais.
Necessita de chapisco interno e externo para execução de reboco.  

 

Não necessita de chapisco interno, o que possibilita a  aplicação de gesso nas paredes e pintura logo após.  Em comparação ao reboco, é uma alternativa mais  econômica, pois além dos materiais empregados para  o reboco serem mais caros que o gesso, ainda é  preciso aplicar massa corrida para se obter o mesmo  resultado final.
Porém, nas áreas revestidas com azulejos ou  similares, há a necessidade de chapisco.

 

Tem menor percentual de industrialização/racionalização e maior uso de
mão de obra, o que leva mais tempo.

 

Revestimentos com baixas espessuras devido ao  perfeito esquadrejamento dos blocos e da obra como  um todo.

Maior racionalização e industrialização, o que gera  maior rendimento da mão de obra, possibilita a  programação de gastos em cada etapa e diminui e  desperdício.

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